Perdoa

Perdoa da boca par fora é maltrata o coração. E não ter libertação.
Mas se perdoa por dento. É ter libertação das magas do coração.

domingo, 16 de maio de 2010

Por onde anda sua humanidade?


Por que é tão difícil encontrarmos pessoas que tenham a humildade em suas características? O orgulho, a vaidade, o poder, a soberania e arrogância parecem sempre se sobrepor nas relações humanas. Algumas pessoas consideram o humilde como um ser menos digno, com menos potencial, menos capaz. Quanta ignorância! E assim querem ser tudo, menos humildes. Pisam nos outros, como se estivessem lidando com seres isentos de qualquer sentimento. Na verdade, tratam aos outros dessa maneira, pois não consideram os próprios sentimentos, pois ter sentimento pode representar ser "fraco". Não respeitam nada nem ninguém, pois também não se respeitam. Apenas estendem aos outros a maneira como foram tratadas na maior parte de suas vidas, e infelizmente, como ainda se tratam. No fundo, sentem que não são merecedores de amor e assim se tornam incapazes de amar, tornando as relações com quem se envolvem como grande fonte de sofrimento.

A pessoa arrogante, orgulhosa, não conquistou a humildade, pois não sabe apreciar e valorizar a simplicidade. Tem sempre que demonstrar seu ar de superioridade, menosprezando quem está ao seu lado, pois acredita ser esse o caminho que irá garantir ser reconhecido. Desprezar o outro, o faz acreditar que é melhor, superior.

Claro que falar de humildade não torna ninguém humilde. Mas por que é tão difícil praticar a humildade? Nossa sociedade ainda e, infelizmente, associa humildade com inferioridade, fraqueza, submissão e até pobreza. Quando, na verdade, está relacionada com distinção, respeito, gentileza, sensibilidade, graciosidade, simplicidade e, principalmente, autoconhecimento! Afinal, quem tem plena consciência do seu valor pessoal não precisa se exaltar, se mostrar aos outros, nem se comparar. Não precisa gritar para que todos ouçam o quanto é melhor! Não sente necessidade de exibir sua capacidade, seu poder, prestígio ou cultura, porque tem consciência de seus valores internos. Não precisa diminuir o outro para que consiga se elevar.

As pessoas humildes realçam e valorizam as "pequenas grandes" conquistas do dia-a-dia em sua essência. Tratam as outras pessoas como seres dignos de respeito, pois possuem a capacidade de se colocarem no lugar do outro em seu sofrimento. E você, como se comporta perante o sofrimento de quem ama e das pessoas que sequer conhece? Como trata as pessoas que estão à sua volta? Como valiosos presentes em sua vida ou como se estivessem sempre atrapalhando? Como enfrenta as dificuldades que surgem em seu caminho? Como trata aqueles que por vezes o machucam? Com humildade, serenidade, confiando em sua capacidade de superar e aprendendo com cada uma dessas pessoas ou julgando-as e condenando-as? Por que, por vezes, se torna tão complicado ser flexível diante de alguns acontecimentos? Por que tendemos agir por impulsividade, sem pensar e sem analisarmos as próprias atitudes, como se só o outro fosse errado? Por sermos superiores? Sermos o certo? Quem nos garante que agimos da melhor maneira? Será que somos honestos com o outro como gostaríamos que fossem conosco? Creio que seja preciso um tempo para refletir sobre essas questões e conseguir responder essas perguntas. Afinal, ninguém é superior a ninguém, apenas podemos, sim, estar em momentos ou estágios diferentes, apenas isso.

Pode ser valioso também aprofundar essa análise em sua infância. Conviveu com pessoas arrogantes, orgulhosas? A criança que convive com o preconceito, incompreensão, críticas excessivas, pais inseguros, inflexíveis, excessivamente exigentes, dominadores, pode ter dificuldade quando adulto de desenvolver a humildade, pois para ser aprovada era necessário muitas vezes ser igual, experimentando sempre uma sensação de carência. Assim, se tornam pessoas orgulhosas, não de quem são, mas de quem acreditam ser. O orgulho, arrogância, em geral, faz parte de pessoas com pouco autoconhecimento, por não se conhecerem precisam passar uma imagem de pessoas seguras, exatamente ao contrário do que verdadeiramente sentem. Pisam nos outros como sentem que foram pisadas durante parte de sua vida. Estão sempre buscando corresponder às expectativas dos outros para serem aceitas, ignorando os próprios sentimentos e quem são na verdade. Isso pode gerar um sentimento crônico de insatisfação, buscando sempre ser admirada de alguma maneira. Acredita que o externo, com seus aplausos e reconhecimento, através de sua vaidade extrema e pela busca de status, poderão compensar a falta de contato com seu mundo interior, que na verdade, sequer conhece. Com isso, busca transmitir uma imagem idealizada de ser extremamente importante, não importando os meios pelo qual irá atingir essa imagem. Mas será que vale mesmo a pena ser orgulhoso, arrogante? Será que vale perder um amor por orgulho? Vale perder uma amizade? É mais importante manter sua imagem do que ser humilde o suficiente para admitir seu erro e pedir desculpas? Por que não ser mais amoroso consigo mesmo e aos poucos perceber a riqueza de existe dentro de si? Por que não mudar a maneira de tratar a si mesmo e estender aos outros? Por que não perceber que o aplauso mais significativo com certeza sempre será o seu? Pense sobre isso, acima de tudo com muita, muita humildade!

Cutuando a vítima....


Estava pensando em como a vida nos dá tantas oportunidades de liberar o passado e as memórias equivocadas... e muitas vezes não aproveitamos isso porque uma parte da gente é muito apegada a ser vítima e tem um ganho de estar nessa posição.

Quantas vezes colocamos nossas dores em um altar e passamos a vida a serviço delas... Isso pode acontecer de forma tão sutil que nem percebemos... ou de forma tão clara, como vemos, muitas vezes, em pessoas que vivem cultuando a sua dor e passam tanto tempo identificados com o sofrimento, que acabam acreditando que aquilo é parte inseparável delas, se adaptam tanto a ser daquela forma que...um dia... podem perceber que a vida está passando.... e com ela a possibilidade de viver plenamente fica profundamente limitada pelo apego ao que faz sofrer...

Elas reclamam... e reclamam... e nem percebem que o reclamar já tira toda a energia que poderia ser usada para fazer alguma coisa para liberá-las do sofrimento. Parece que sentem prazer em reclamar e em contar suas inúmeras dores... tornando isso uma parte tão arraigada delas... que até já vi pessoas que contam seus sofrimentos com uma certa alegria... Mas será que é só esse tipo de alegria que merecemos?

Existem pessoas, em maior ou menor grau que cultuam a dor de tal forma, transformando-se em eternas vítimas... e a vítima nunca pode se libertar, porque acredita que depende de algo fora dela... sempre existe um culpado, seja uma pessoa... uma situação, o destino... enfim... o que não falta é algo fora para ser considerado o algoz, e como vítimas inocentes não podemos fazer nada porque dependemos de uma ação do outro... acreditamos que dependemos de algo fora de nós para nos libertar... e com isso usamos a dor... o sofrimento, como justificativa para não vivermos muitas coisas.

Quantas vezes usamos as nossas dores e sofrimentos como "desculpas" para não fazer isso ou aquilo... para não participar da vida que pulsa presente em cada minuto em que respiramos...

Ao passo que existem pessoas que teriam todas as "desculpas" para se limitarem, e que vão em frente... apesar das dores e sofrimentos e...em exemplos emocionantes de superação, aproveitam todas as oportunidades que a vida oferece, ultrapassando em muito os limites do que acreditávamos ser possível.

Uma chave preciosa para sairmos do estado de vítimas é - como nos ensina o Ho'oponopono- assumirmos 100% de responsabilidade por tudo que nos acontece e passarmos a olhar para todas as situações como oportunidade de liberação. Seja o que for que nos faz sentir "vitimas", podemos olhar para aquilo como algo que está nos mostrando fora, o que temos dentro... e que precisa ser liberado para que possamos prosseguir com nossa evolução.
Precisamos ver fora o reflexo do que tempos dentro porque de outra forma não conseguiríamos nos libertar e nos tornar quem verdadeiramente somos...
E o que somos... não tem nada a ver com "ser vítima" de nada nem de ninguém... Somos seres plenos de Luz e coocriadores da nossa realidade...

Ataques Esprituas?


Para falar a verdade, não gosto muito de dizer que acredito em ataques espirituais porque acho que falando isso dou valor ao mal. Aprendi que somos nós que valorizamos as coisas e acho que não devemos supervalorizar as coisas negativas que nos acontecem porque se damos muito valor a algo ruim o que já é pesado ou triste se torna ainda pior. Mas devo confessar que acredito sim em ataques espirituais, porém, não acredito que as pessoas são sempre vítimas das situações.

Os ataques existem, mas não somos vítimas. Somos participantes dos enredos de nossas vidas. Claro que muitas vezes gostaríamos de escrever apenas coisas boas para viver, mas e aquilo que já foi escrito? E aquilo que já fizemos em Vidas Passadas?
Não podemos simplesmente mudar nossas vidas e esquecer totalmente que tivemos um passado. Olhar a vida de forma mais ampla explica muita coisa, inclusive os ataques espirituais.

Adriano, um cliente, viu que em vidas Passadas foi um grande cavaleiro cruzado, ganhou muitas lutas, ficou famoso, tornou-se respeitado e admirado por seus talentos, cresceu entre seu grupo e nesta vida tem verdadeira fixação por essa parte da história. Assim, quando apareceu numa sessão sua vivência nessa época, chorou como criança. No final do encontro, comentou que sentia saudades do sucesso de outrora porque hoje encontrava apenas portas fechadas, inclusive, os amigos não o compreendiam e o achavam arrogante, coisa que ele não concordava.

O tempo passou e precisei de serviços de telefonia. Como ele trabalhava com isso, chamei o rapaz e qual a surpresa quando o engenheiro da minha obra, homem gentil e prestativo, procurou-me para dizer que não trabalharia com Adriano... Por quê? Perguntei espantada, pois sabia o quanto ele era competente e confiável.
Maria Silvia esse moço tem mania de perseguição. Quando pedi algumas explicações e alguns ajustes, ele ficou se explicando mil vezes, deu voltas, não fez o que pedi e saiu da obra ofendido. Como podemos trabalhar com alguém assim?

Como nada é por acaso, alguns meses depois Adriano me procurou. Meio sem graça, pediu desculpas por abandonar a obra. Como já sabia do assunto, fiquei feliz dele abrir esse diálogo e de procurar ajuda novamente.
Por que você fez isso? Perguntei realmente interessada na resposta, mas não me surpreendi quando ele veio com um discurso sobre honra, sobre ser afrontado pelo engenheiro, sobre ser incompreendido pelas pessoas, por se sentir perseguido.
Foi impressionante quantas coisas sofridas saíram de sua mente e de seu coração. Parece que o mundo estava contra ele.
Na sessão que fizemos naquele dia, apareceram apenas cenas de perseguição, guerra, atentados contra a honra e pudor, e ele como vítima tentando se defender e perdendo. No presente, as dores se repetiam, ele estava praticamente sem trabalho, as pessoas se afastavam sem ele entender por que, enfim, nada dava certo.

Amigo leitor, o caso do Adriano explica muito bem o que é um ataque. Ele de fato tinha um mal karma; no passado, fez coisas erradas, sentiu-se superior e abusou do poder e foi o algoz de muitas almas... porém, há muitas vidas estava vivendo o outro lado da mesma moeda. Tornou-se uma vítima cheia de pudores e honras, alguém que não dá certo na vida. Como mudar? Ele me perguntou.
Saindo deste papel. Respondi de forma objetiva. Mas é claro que expliquei que as pessoas nem sempre conseguem entender o que está por trás dos infortúnios e, de fato, muitas vezes são vítimas do que acontece, sentem-se presas nesta condição mesmo tendo consciência que não é nada bom ficar nessa condição.
Todos nós precisamos mudar, transmutar, crescer.

Adriano estava vítima do seu orgulho. Neste caso, além de conhecê-lo e as suas Vidas Passadas, também conhecia o seu algoz que nesse momento era uma pessoa ótima, tranqüila de lidar, que em nada servia para o papel. O engenheiro, porém, era uma pessoa exigente e ponderada que tinha o seu plano de ação e as suas obrigações. Adriano, apesar de competente, não aceitava ordens e, com isso, com certeza, não soube lidar com o desafio profissional. E como será que ele estava lidando com outros pontos de sua vida?
Os ataques espirituais acontecem justamente potencializando a dor nos pontos onde somos mais frágeis, e o primeiro passo para a cura é reconhecer nossas fragilidades. O ponto do Adriano era o orgulho...
Tenha coragem e enfrente a sua sombra, porque é exatamente onde está doendo que está a cura. Nem sempre enxergamos nossos problemas, pois não é fácil reconhecê-los.
Quando trato as pessoas, fica clara a presença de energias intrusas, espíritos obsessores, forças contrárias. E é justamente por isso que precisamos tanto nos dedicar aos exercícios de expansão de consciência e perdão.
O perdão nos liberta e aos nossos agressores.
Se você não ficar mais na posição de vítima, inclusive se perdoando por estar sofrendo, e assumindo uma postura positiva e autotransformadora não haverá espaço para o agressor. Seja humilde, queira se melhorar.

A compreensão e o perdão são as chaves. Perdoe-se e perdoe àqueles que lhe fizeram mal. Não há ataque que resista a essa força. Experimente!