Perdoa

Perdoa da boca par fora é maltrata o coração. E não ter libertação.
Mas se perdoa por dento. É ter libertação das magas do coração.

domingo, 25 de abril de 2010

A Fé e a caridade


A Fé e a Caridade


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Eu vos disse anteriormente, meus queridos filhos, que a caridade sem fé não basta para manter, entre os homens, uma ordem social capaz de torná-los felizes. Deveria ter dito que a caridade é impossível sem fé.
Podereis encontrar, na verdade, impulsos generosos até em pessoas sem religião.
Mas a caridade austera só é exercida através da abnegação, do sacrifício constante de todo interesse egoísta. Somente a fé poderia inspirá-la, pois só ela nos faz carregar com coragem e perseverança a cruz desta vida.
Sim, meus filhos, é em vão que o homem, ávido de prazeres, quer se iludir sobre sua destinação aqui na Terra, sustentando que lhe é permitido ocupar-se apenas de sua felicidade.
Deus certamente nos criou para sermos felizes na eternidade; entretanto, a vida terrestre deve servir unicamente ao nosso aperfeiçoamento moral, o qual se adquire mais facilmente com a ajuda dos órgãos e do mundo material.
Sem contar as vicissitudes rotineiras da vida, a diversidade de vossos gostos, de vossas tendências, de vossas necessidades, é também um meio de aperfeiçoar-vos, exercitando-vos na caridade.
Pois não é senão através de concessões e sacrifícios mútuos que podeis manter a harmonia entre elementos tão diversos.
Todavia, tendes razão em afirmar que a felicidade é destinada ao homem aqui na Terra, mas se a procurais não nos prazeres materiais, e sim no bem.
A história da cristandade fala de mártires que iam com alegria ao suplício. Hoje, em vossa sociedade, não é preciso, para ser cristão, nem o holocausto do mártir nem o sacrifício da vida, mas única e simplesmente o sacrifício de vosso egoísmo, orgulho e vaidade. Triunfareis se a caridade vos inspirar e se a fé vos sustentar.

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